Ativos: O Cofre e o Guardião
Continuação de "Etiquetando Ativos de Software". Parte da série "Gerenciando Ativos de Software".
A classificação e organização dos ativos de software sugeridas no capítulo anterior indicam claramente a necessidade de um repositório. Um misto de 'cofre' e estoque que deve armazenar e facilitar a recuperação de todo o patrimônio catalogado. O padrão RAS apresenta uma especificação relativamente simples para a implementação de um repositório, que visa exclusivamente o armazenamento e a recuperação de ativos [1]. O diagrama abaixo apresenta uma visão geral do serviço do repositório RAS:
Basicamente são definidos apenas dois serviços: a busca através de palavras-chave ou pelo caminho lógico do arquivo. Já existem algumas ferramentas* que atendem essa necessidade, todas oferecendo mais funcionalidades do que aquelas previstas na especificação RAS. A lista abaixo apresenta as funções que deveriam existir em todo repositório de ativos de software [2]:
O Gestor da Biblioteca de Ativos (GBA)
Como foi colocado anteriormente nesta série, se o conteúdo do repositório for confuso e mal estruturado (mal padronizado), corre-se o risco de não aproveitar todas as oportunidades abertas pelo investimento. A organização deve delegar para um profissional ou um pequeno grupo a responsabilidade pelo gerenciamento do repositório de ativos.
Em alguns trabalhos [3] são sugeridos dois perfis distintos: o Gestor de Ativos (Asset Manager) e o Bibliotecário (Asset Librarian). Quando o foco da iniciativa é a implantação do reuso sistemático [2], são sugeridos o Gestor de Reuso (Reuse Manager) e o Gestor da Biblioteca de Ativos (Asset Library Manager). Neste ponto será apresentado apenas o GBA. Os próximos capítulos desta série apresentarão os processos de reuso e o gerenciamento do ciclo de vida dos ativos, bem como os demais perfis demandados por eles.
O GBA "gerencia o repositório e sua configuração, e garante que os ativos estejam sempre disponíveis para os desenvolvedores" [2]. Por ser um perfil pouco comum nas organizações de TI, cabe elencar algumas de suas principais características:
O GBA também não tem poderes sobre um ativo. Cada ativo cadastrado possui um autor e um dono. Alterações, sugestões de melhorias ou problemas com um determinado ativo são tratadas diretamente com o seu proprietário (ou com um grupo de suporte, como será apresentado nos próximos capítulos). O GBA pode, no máximo, intermediar o processo. Sendo assim, quais seriam então as principais responsabilidades do GBA? Elas estão sumarizadas abaixo:
[continua]
Referências:
Observações:
* - Ferramentas: A Flashline, recentemente adquirida pela Bea, há tempos oferece um repositório desenhado especificamente para o reuso sistemático de ativos de software. Sourceforge (VA Software) e IBM também possuem produtos que podem ser adaptados para atender os requisitos apresentados neste artigo.
** - Guia de Criação, Manutenção e Uso de Ativos: um documento que seria elaborado pela equipe de Arquitetura Corporativa ou similar. Nos próximos capítulos desta série ele será apresentado em maiores detalhes.
A classificação e organização dos ativos de software sugeridas no capítulo anterior indicam claramente a necessidade de um repositório. Um misto de 'cofre' e estoque que deve armazenar e facilitar a recuperação de todo o patrimônio catalogado. O padrão RAS apresenta uma especificação relativamente simples para a implementação de um repositório, que visa exclusivamente o armazenamento e a recuperação de ativos [1]. O diagrama abaixo apresenta uma visão geral do serviço do repositório RAS:
Basicamente são definidos apenas dois serviços: a busca através de palavras-chave ou pelo caminho lógico do arquivo. Já existem algumas ferramentas* que atendem essa necessidade, todas oferecendo mais funcionalidades do que aquelas previstas na especificação RAS. A lista abaixo apresenta as funções que deveriam existir em todo repositório de ativos de software [2]:
- Identificação e Descrição dos Ativos: todos os ativos devem ser apresentados de maneira homogênea, utilizando uma mesma interface.
- Cadastramento de Ativos: o repositório deve facilitar a inserção de novos itens.
- Navegação no Catálogo de Ativos: os usuários devem ter condições de navegar por todo o repositório, refinando as listas por Tipo de Ativo, Contexto, Histórico de Uso e todos os demais atributos que caracterizam um ativo.
- Busca Textual: os usuários devem ter condições de procurar por ativos a partir de trechos ou palavras que constem de seu nome, descrição ou demais atributos.
- Recuperação: a recuperação de um determinado ativo deve ser fácil e direta.
- Informação Completa: é crucial que a interface mostre todos os dados sobre o ativo. Suas dependências, por exemplo, devem ser nítidas para os usuários.
- Histórico: todo o histórico de uso do ativo (informações que não constam na especificação RAS original, conforme alertado no capítulo anterior) também deve ser de fácil acesso.
- Contabilidade: todos os números relativos ao uso do ativo (número de acessos, reuso efetivo etc) bem como os números gerais do próprio repositório (total de ativos, número de buscas bem e mal sucedidas etc) devem ser fornecidos.
- Controle de Acesso: todas as funcionalidades do repositório devem estar disponíveis para perfis específicos. Enquanto o Gestor da Biblioteca (mais sobre ele abaixo) tem controle total do repositório, os desenvolvedores não deveriam ter condições de alterar diretamente informações sobre os ativos, por exemplo.
- Gerenciamento de Versões: ativos podem ter várias versões diferentes. É fundamental que o repositório faça o controle de versões.
- Controle de Mudanças: assim como é importante que o repositório forneça suporte automático para a requisição, discussão, aceitação e implementação de mudanças nos ativos.
- Notificação de Mudanças: por fim, o repositório deveria 'avisar' todos os usuários quando uma mudança em determinado ativo for solicitada ou implementada.
- Totalmente integrada ao ambiente de desenvolvimento (IDE), facilitando a convivência dos desenvolvedores (analistas, programadores e testadores) com os ativos que podem ou devem ser utilizados naquele projeto;
- Interface acessível via browser, para todas as tarefas de gerenciamento do repositório: manutenção do cadastro de ativos, relatórios e estatísticas etc.
O Gestor da Biblioteca de Ativos (GBA)
Como foi colocado anteriormente nesta série, se o conteúdo do repositório for confuso e mal estruturado (mal padronizado), corre-se o risco de não aproveitar todas as oportunidades abertas pelo investimento. A organização deve delegar para um profissional ou um pequeno grupo a responsabilidade pelo gerenciamento do repositório de ativos.
Em alguns trabalhos [3] são sugeridos dois perfis distintos: o Gestor de Ativos (Asset Manager) e o Bibliotecário (Asset Librarian). Quando o foco da iniciativa é a implantação do reuso sistemático [2], são sugeridos o Gestor de Reuso (Reuse Manager) e o Gestor da Biblioteca de Ativos (Asset Library Manager). Neste ponto será apresentado apenas o GBA. Os próximos capítulos desta série apresentarão os processos de reuso e o gerenciamento do ciclo de vida dos ativos, bem como os demais perfis demandados por eles.
O GBA "gerencia o repositório e sua configuração, e garante que os ativos estejam sempre disponíveis para os desenvolvedores" [2]. Por ser um perfil pouco comum nas organizações de TI, cabe elencar algumas de suas principais características:
- É um programador e/ou analista de sistemas;
- Tem bons conhecimentos da principal arquitetura tecnológica em uso e, consequentemente, dos Ativos Horizontais que compõem o repositório;
- Domina o uso do repositório e de todas as ferramentas (IDE's e afins) que o acessam;
- Domina e respeita o "Guia de Criação, Manutenção e Uso de Ativos"**;
- Mantém bom relacionamento com todos os desenvolvedores e coordenadores de projetos da organização;
- É organizado e disciplinado.
O GBA também não tem poderes sobre um ativo. Cada ativo cadastrado possui um autor e um dono. Alterações, sugestões de melhorias ou problemas com um determinado ativo são tratadas diretamente com o seu proprietário (ou com um grupo de suporte, como será apresentado nos próximos capítulos). O GBA pode, no máximo, intermediar o processo. Sendo assim, quais seriam então as principais responsabilidades do GBA? Elas estão sumarizadas abaixo:
- Gerenciamento do Repositório: garantindo sua disponibilidade e performance. Sendo assim, relaciona-se (nas exceções e dúvidas) com todas as equipes de desenvolvimento;
- Publicação do Catálogo de Ativos: atualiza e publica o catálogo com todos os ativos constantes do repositório. Espera-se que uma boa ferramenta realize tal serviço, mas sua manipulação é uma responsabilidade do GBA;
- Manutenção do Catálogo: a inserção, atualização e exclusão de ativos é realizada pelo GBA. É uma forma de garantir que todas as diretrizes fixadas no "Guia"** serão respeitadas.
[continua]
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Referências:
- RAS - Reusable Asset Specification - Versão 2.2
Object Management Group (OMG) (05/Nov/2005). - Practical Software Reuse
Michel Ezran, Maurizio Moricio e Colin Tully
Springer (2002). - Asset Lifecycle Management for Service-Oriented Architectures
Grant Larsen e Jack Wilber.
IBM/Rational (2005).
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Observações:
* - Ferramentas: A Flashline, recentemente adquirida pela Bea, há tempos oferece um repositório desenhado especificamente para o reuso sistemático de ativos de software. Sourceforge (VA Software) e IBM também possuem produtos que podem ser adaptados para atender os requisitos apresentados neste artigo.
** - Guia de Criação, Manutenção e Uso de Ativos: um documento que seria elaborado pela equipe de Arquitetura Corporativa ou similar. Nos próximos capítulos desta série ele será apresentado em maiores detalhes.
Marcadores: gerenciamento_de_ativos, mps, qualidade, reuso, soa, spi
Anônimo disse:
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