Rendiconti*: O Seminário da Tempo Real
* Rendiconti = Prestação de Contas
Apesar da minha desastrada abertura, uma palestra 'quebra-gelo' (54 slides em 20 minutos!), o evento do último sábado foi muito bom. Cerca de 260 participantes. Algumas empresas chegaram a mandar mais de 10 pessoas. Pelo retorno que já recebi, quero crer que todo mundo aproveitou bem as 7 horas do evento.
Destaquei na abertura de minha palestra 'de verdade' uma característica não-intencional do evento: nenhum dos 4 palestrantes estava "vendendo" um processo, metodologia ou afins. Novos tempos: estávamos todos compartilhando Princípios e Práticas. Lembrei que isso combinava com uma proposta que Ivar Jacobson havia publicado no Dr. Dobbs há pouco mais de um mês ("Enough of Processes: Let's do Practices"). Adail, em sua palestra, categorizou os processos de uma forma nova: são Ferramentas. Facilitou a justificativa de que sempre existirá uma mais adequada para determinada organização, cliente ou, principalmente, projeto. Jóia!
Uma questão que se repetiu tanto no auditório quanto nos 'breaks' dizia respeito ao porte das empresas. Ou seja, como utilizar / viabilizar aquelas idéias em empresas de pequeno porte? Reforço aqui o que disse no painel de discussão: utilize as idéias que mais agradaram como modelos de crescimento. Ao contrário de várias grandes empresas de TI que existem por aí, permita que sua empresa cresça e não fique simplesmente inchada. Acho que uma colocação de minha palestra que mais motivou a questão foi um modelo para formação de equipes (já apresentado aqui no finito em mais de uma oportunidade). Repito a mensagem: valorize a especialização. Copio Drucker: veja os hospitais e orquestras.
Está aqui um dos poucos pontos em que havia um pouco de discordância entre os palestrantes, particularmente entre a visão do Juan e a minha. Para ele, há espaço / necessidade de "especialistas-generalistas". Entendo o que ele quer dizer, mas acho que o termo gera confusão. Talvez a gente possa falar de "especialistas não-alienados", hehe. Ou seja, estamos falando de profissionais que:
Quem não pôde ficar para o painel de discussão perdeu algumas valiosas dicas. Infelizmente não conseguirei reproduzir todas aqui, então destacarei uma belíssima provocação do Adail: programação se aprende no curso técnico. Vamos valorizar os cursos técnicos e, conseqüentemente, forçar uma modernização do currículo de nossos cursos superiores. A questão que motivou a colocação foi a última do painel, e tratava do futuro da indústria de software no Brasil. Além da preocupação com a educação, vale destacar também o alerta do Juan: precisamos de mais e melhores empreendedores. (Na foto, da direita para a esquerda, Adail, Juan e este que vos escreve).
Em resumo: o evento foi excelente. A qualidade e amplitude das perguntas que recebemos comprovavam o alto nível do público, suas dores, traumas e interesses. Pode parecer estranho ou interesseiro, mas o evento confirmou que precisamos de mais eventos assim. Por fim, eu queria destacar aqui o grande trabalho da Tempo Real Eventos e a atenção do pessoal de apoio da FIAP.
Crédito: As fotos são do Anderson (Tempo Real). As outras podem ser vistas aqui.
Para a estudantada que estava lá: aguardo as suas fotos, particularmente daquele colega refrescando a cuca na casinha de bonecas, hehe..
Apesar da minha desastrada abertura, uma palestra 'quebra-gelo' (54 slides em 20 minutos!), o evento do último sábado foi muito bom. Cerca de 260 participantes. Algumas empresas chegaram a mandar mais de 10 pessoas. Pelo retorno que já recebi, quero crer que todo mundo aproveitou bem as 7 horas do evento.
Destaquei na abertura de minha palestra 'de verdade' uma característica não-intencional do evento: nenhum dos 4 palestrantes estava "vendendo" um processo, metodologia ou afins. Novos tempos: estávamos todos compartilhando Princípios e Práticas. Lembrei que isso combinava com uma proposta que Ivar Jacobson havia publicado no Dr. Dobbs há pouco mais de um mês ("Enough of Processes: Let's do Practices"). Adail, em sua palestra, categorizou os processos de uma forma nova: são Ferramentas. Facilitou a justificativa de que sempre existirá uma mais adequada para determinada organização, cliente ou, principalmente, projeto. Jóia!
Uma questão que se repetiu tanto no auditório quanto nos 'breaks' dizia respeito ao porte das empresas. Ou seja, como utilizar / viabilizar aquelas idéias em empresas de pequeno porte? Reforço aqui o que disse no painel de discussão: utilize as idéias que mais agradaram como modelos de crescimento. Ao contrário de várias grandes empresas de TI que existem por aí, permita que sua empresa cresça e não fique simplesmente inchada. Acho que uma colocação de minha palestra que mais motivou a questão foi um modelo para formação de equipes (já apresentado aqui no finito em mais de uma oportunidade). Repito a mensagem: valorize a especialização. Copio Drucker: veja os hospitais e orquestras.
Está aqui um dos poucos pontos em que havia um pouco de discordância entre os palestrantes, particularmente entre a visão do Juan e a minha. Para ele, há espaço / necessidade de "especialistas-generalistas". Entendo o que ele quer dizer, mas acho que o termo gera confusão. Talvez a gente possa falar de "especialistas não-alienados", hehe. Ou seja, estamos falando de profissionais que:
- entendem e se comprometem com o seu negócio e o negócio do cliente;
- conhecem e respeitam os papéis e a importância de cada colega de equipe;
- mas que são especialistas - têm foco e entendem que "conhecimento, por definição, é especializado" (Drucker).
Quem não pôde ficar para o painel de discussão perdeu algumas valiosas dicas. Infelizmente não conseguirei reproduzir todas aqui, então destacarei uma belíssima provocação do Adail: programação se aprende no curso técnico. Vamos valorizar os cursos técnicos e, conseqüentemente, forçar uma modernização do currículo de nossos cursos superiores. A questão que motivou a colocação foi a última do painel, e tratava do futuro da indústria de software no Brasil. Além da preocupação com a educação, vale destacar também o alerta do Juan: precisamos de mais e melhores empreendedores. (Na foto, da direita para a esquerda, Adail, Juan e este que vos escreve).
Em resumo: o evento foi excelente. A qualidade e amplitude das perguntas que recebemos comprovavam o alto nível do público, suas dores, traumas e interesses. Pode parecer estranho ou interesseiro, mas o evento confirmou que precisamos de mais eventos assim. Por fim, eu queria destacar aqui o grande trabalho da Tempo Real Eventos e a atenção do pessoal de apoio da FIAP.
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Crédito: As fotos são do Anderson (Tempo Real). As outras podem ser vistas aqui.
Para a estudantada que estava lá: aguardo as suas fotos, particularmente daquele colega refrescando a cuca na casinha de bonecas, hehe..
Marcadores: evento, gerenciamento_de_projetos, palestra
garrido disse:
O evento estava mesmo ótimo. Foi um prazer conhecer o Paulo, sua palestra foi de uma lucidez e clareza impressionantes. De fato, o foco em práticas, e não em metodologias, foi um dos motivos da qualidade do evento - a palestra do Adail então, classificando metodologias como apenas mais uma ferramenta no gerenciamento de projetos, pôs as coisas no seu devido lugar :)
Paulo, não sei se você aceita trackbacks, de modo que insiro manualmente mesmo o link.
Paulo Vasconcellos disse:
Caramba Garrido,
nem tenho como agradecer seus comentários (publicados aqui e em seu blog). Valeu mesmo!
E sim, o finito aceita trackbacks.
Abraços.